Para a quantificação do nível de degradação dos solos pode ser utilizado como bioindicador de qualidade a fauna edáfica, pois se tratam de organismos sensíveis às práticas de manejo, à natureza da cobertura vegetal e às variações sazonais. A presente pesquisa tem por objetivo geral a caracterização da macrofauna do solo em nove áreas cultivadas com a cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz), em propriedades familiares inseridas na cadeia produtiva da cultura da mandioca nos municípios de Colinas do Tocantins - TO e Nova Olinda - TO. Assim como caracterizar a macrofauna do solo de uma área de pastagem abandonada e de uma área de floresta do bioma Cerrado, também em propriedades inseridas na referida cadeia produtiva. Para coletar a macrofauna do solo foi utilizado o Método da armadilha Provid. As coletas foram realizadas nos meses de outubro e novembro de 2015. Foram utilizadas cinco armadilhas em cada área avaliada instaladas a campo por um período de sete dias. Cada armadilha foi formada por uma garrafa plástica tipo Pet de dois litros contendo quatro aberturas na forma de janelas com dimensões de 6 x 4 cm na altura de 20 cm de sua base. As amostras coletadas foram identificadas em nível de grandes grupos taxonômicos através da catação manual e posterior contagem dos organismos da macrofauna do solo. Foram avaliados a riqueza total dos grupos, os índices de diversidade de Shannon e de equitabilidade de Pielou. Nas oito lavouras de mandioca estudadas foram encontrados um total de 3471 indivíduos da fauna edáfica classificados em 20 diferentes grupos taxonômicos. Os grupos Hymenoptera e Coleoptera foram encontrados em maiores quantidades em todas as propriedades, na mata nativa e na pastagem. A propriedade 8 apresentou os maiores valores de índices de Shannon e Pielou. Na propriedade 5 foram encontrados maiores valores de riqueza.