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A criação de caprinos e ovinos na mesorregião no semiárido nordestina representa uma das principais atividades econômicas do setor primário, gerando renda para uma grande parcela da população rural localizada nesta região. Porém, muitos são os problemas relacionados ao manejo sanitário destes animais, o que acarreta em baixos índices produtivos. Dessa forma, objetivou-se realizar um estudo acerca das características sanitárias das criações de caprinos e ovinos na região de desenvolvimento do sertão de Itaparica em Pernambuco. Foram visitadas 35 propriedades de criação de ovinos e caprinos, sendo realizada uma amostragem não-probabilística por conveniência, com aplicação de questionário sócio-econômico e epidemiológico. Foram utilizados questionários, coletando-se dados sobre espécie, raça, sexo, sistema de criação, serviço veterinário, origem dos animais, freqüência de limpeza das instalações e histórico de problemas sanitários e reprodutivos. Observou-se que as principais práticas sanitárias não pouco utilizadas, tais como a realização de quarentena e exames para diagnóstico de enfermidades para animais adquiridos, onde 64,72% dos entrevistados responderam que não utilizam tais práticas. Os principais problemas sanitários relatados foram o mal do caroço e a diarréia. Salienta-se a importância da continuidade de estudos como esse no estado de Pernambuco e em outros estados geograficamente próximos, devido à importância sócio-econômica que essa atividade pecuária representa para a região. Além disso, faz-se necessário que sejam implementados programas de educação sanitária que visem à inserção de práticas de manejo geral, tais como a construção de áreas de quarentena e realização de exames periódicos, com o objetivo de melhorar o status sanitário dos rebanhos caprinos e ovinos da região.