Última alteração: 2012-08-28
Resumo
A aeração em sistemas de tratamento de água residuárias, é feita de modo a garantir a transferência de oxigênio para o licor misto, onde o mesmo é consumido pelos microrganismos presentes, que agem no tratamento. Porém, o consumo de energia elétrica é um dos principais fatores a ser considerado nos custos operacionais de um sistema biológico aeróbio, isso porque os motores elétricos geralmente utilizados demandam um grande gasto de energia para garantir a aeração do licor misto, aonde muitas vezes esses gastos chegam a ultrapassa 50% dos custos. Outros fatores também podem vim a intervir na aeração, existem muitos tipos de substâncias orgânicas e inorgânicas que podem intervir nos sistemas aeróbios de tratamento de efluentes, e entre essas substâncias está o cloreto. Nos efluentes, os cloretos se apresentam na forma de algum tipo de sal, e o mais comum é o cloreto de sódio. O cloreto de sódio pode ser encontrado em vários tipos de efluentes como, por exemplo, efluentes de indústrias alimentícias, petrolíferas, de processamento de couro e no lixiviado de aterros sanitários. Devido a esta problemática está pesquisa abordou a influência do NaCl na constante de transferência de oxigênio (Kla) e posteriormente avaliou a influência dos sais sobre a capacidade de oxigenação (CO). Foram realizados estudos utilizando água destilada acrescentada gradativamente das concentrações de Cloreto de sódio testadas (300g/L, 150g/L, 75g/L, 30g/L e 10g/L), no intuito de melhorar o desempenho do tratamento de águas residuárias e beneficiar a escolha da melhor aeração. Os resultados dos estudos realizados demonstraram que quanto maior a concentração de sal menor será a taxa de transferência de oxigênio, sendo observado que 75g/L chega a reduzir a constante de transferência em até 80%.