Este artigo tem como objetivo elucidar as faces do comportamento da cultura do sisal na região do Curimataú paraibano e seus processos de gestão, trazendo para o âmago da discussão os fatores que levaram a cultura sisaleira decair. A pesquisa bibliográfica mostra que a falta de incentivo e a não articulação entre os atores desta cultura, trouxeram meios de frenagem para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o setor. Na pesquisa de campo constata-se a decadência sisaleira relacionada dentre outros fatores com a estrutura agrária e social do nordeste brasileiro. Assim, constata-se que a falta de um olhar voltado para a sustentabilidade, torna o regime estagnado com poucas opções de se reerguer no cenário de exportações de fibra e outros derivados, desequilibrando toda a estrutura de verticalização da produção, com alguns efeitos colaterais irreversíveis que por sua vez deixaram muitas vítimas. Apesar de sua relevância, nos últimos anos a decadência constante dessa cultura se expressou em reduções significativas da área cultivada, produção e produtividade, como também o fato de não haver aproveitamento dos resíduos de desfibramento nem a modernização dos equipamentos de beneficiamento do sisal tornaram essa atividade econômica agrícola decadente no histórico do agronegócio monocultor no Curimataú paraibano.